Dorvalino Furtado Filho
Médico Veterinário
Ex-presidente do CRMV-SC, e ex-consultor do Banco Mundial sobre sanidade animal
A TRAJETÓRIA DA EXTENSÃO RURAL DA EPAGRI
A agricultura catarinense pode ser dividida em dois grandes momentos:
Antes e depois da criação do Serviço de Extensão Rural.
Até a década de 50 do século 20, os índices de produtividade das lavouras, das criações e do trabalho humano eram muito baixos.
Após mais de 50 anos, os índices de produtividade da agropecuária catarinense apresentam atualmente significativo avanço.
Glauco Olinger enfatiza muito esta área em seu livro editado e lançado pela Editora da Epagri/GMC, em 22 "50 anos de Extensão Rural".
No dia 29/02/1956, foi criado o Serviço de Extensão Rural de Santa Catarina, sob a designação de Escritório Técnico de Agricultura-ETA-PROJETO 17.
Posteriormente, em 21 de junho de 1957, o governo do Estado viabilizou a transformação em abril de 1991, a ACARESC passou a ser EPAGRI.
Por um levantamento pormenorizado feito pela Epagri, hoje cada pessoa ativa na agricultura catarinense produzia alimento para quatro consumidores.
Cada produtor ativo na agricultura colhe quatro vezes mais grãos do que na década de 50.
Atualmente, um produtor rural catarinense produz alimento para mais de 16 pessoas.
A produtividade de trabalho humano aumentou 300%.
Hoje, Santa Catarina ocupa o primeiro lugar em produtividade no País com a média de mais de 3.403 Kg de grãos/ha na área estadual plantada de 1.448.000 ha.
Hoje a produção agropecuária catarinense está sendo conduzida por três sistemas básicos:
Para produtos agroecológicos, o serviço de extensão rural atua junto aos produtores tradicionais, incentiva a agricultura de transição porque são realidades respeitáveis e reconhece que a produção com base ecológica é a ideal. Isto é uma nova visão na produção agropecuária da Epagri-Secretaria de Estado da Agricultura.
Incorporou-se nesta Epagri o Projeto Microbacias II, um projeto que trouxe uma nova unidade de trabalho para o serviço de extensão baseada na área abrangida pela bacia hidrográfica e pelo grupo social humano nela existente. Este projeto, se não desativado, poderá ainda estar conseguindo a sustentabilidade da produção agrossilvipastoril com agregação de valor à mesma, sem dano ao meio ambiente. Mais de 121 mil famílias rurais, em mais de 900 microbacias, em 293 municípios catarinenses o projeto microbacias agiu plenamente.
Sempre com 12 Centros de Treinamento, 9 Estações Experimentais e 27 Gerências Regionais aproximadamente (hoje pode ter diminuído) a Epagri passou a ser um diferencial na sobrevivência e na saúde da sociedade catarinense.