A CULTURA CATARINENSE PEDE PASSAGEM

Dorvalino Furtado Filho

Médico Veterinário

Escritor

São mais que evidentes as diferenças em costumes ou maneiras de ser dos catarinenses se compararmos ao resto do país, talvez por influência dos, ainda, ótimos índices sociais de SC, talvez menos desigualdades, pobreza e analfabetismo. Disse isso em 2015...

E viva a natureza:

No litoral, as paisagens são únicas, deslumbrantes, exuberantes e revigorantes.

Os alemães são marcantes e dignificam o Vale do Itajaí, com uma evidente e produtiva indústria e uma agricultura próspera e rentável.

No sul e oeste, os italianos escreveram a sua história que evidencia, igualmente, o porquê do desenvolvimento de SC.

Nos campos do Planalto a agropecuária, a madeira e a cultur herdada de paulistas e gaúchos ajudou a destacar a região no país. A partir de todos os lugares , inclusive Serra, há algum tempo os indígenas contribuíram em ordem crescente para a expressiva cultura do Estado.

Será que tem no país outra região ou Estado em que o cientista social possa testemunhar o processo de mudança cultural de modo tão claro e multiexemplificado?

Cultura, minha gente, e o governo do estado precisa se conscientizar, é uma realidade social com conhecimento pleno das ideias e crenças é a história de uma nação, de um estado.

Penso, resumindo, que dentro de um projeto cultural de governo (nacional, estadual e municipal) a cultura popular e erudita tem que ser bem pensada ou planejada, que não só festa para atrair dinheiro do povo.

Disse, José Luiz dos Santos (1997), que a cultura popular tem de ser encarada, não como uma criação das instituições dominantes, mas como um universo de saber em si mesmo constituído, uma realidade que não depende de formas externas, ainda que se opondo a elas.

Pode-se, assim, considerar como as religiões populares servem aos propósitos de defender os interesses das classes oprimidas, ou como as festas populares podem ser momentos de manifestação da repulsa dos oprimidos contra os opressores.

Cultura nos faz pensar a que coletividade pertencemos. Justamente por isso é preciso, numa POLITICA CULTURAL de GOVERNO, saber expressar os pequenos mundos culturais existentes e bem evidentes.