Auxiliar de sala vira Dadá Maravilha no Neim Nagib Jabor

De repente, a Mulher Maravilha tornou-se integrante do Núcleo de Educação infantil Nagib Jabor, no Estreito. Começou a conversar com a criançada de um grupo de 4 e 5 anos (Grupo 6/5 A).

Contou histórias para meninos e meninas, que prestaram muita atenção. Riram. A personagem foi encarnada pela auxiliar de sala Zulma Eulália Leite Schmitz, a popular Dadá, 51 anos de idade.

Tudo começou quando a pequena Bianca disse para a Zulma que a coroa que a auxiliar de sala estava usando em um determinado dia parecia a da heroína da ficção. "Aí, eu parei. Pensei. Mãos à obra, Zulma. Vou me transformar em Mulher Maravilha. Confeccionei tudo na minha casa".

Dadá Maravilha elaborou uma cora, um cinto e braceletes amarelos. Preparou uma capa e blusa na cor vermelho. A saia era azul com bolinhas brancas e as meias compridas eram vermelhas. Os cabelos curtos dela "sumiram", passou a ter longas madeixas escuras, graças a uma peruca.

Ela tirou de um saco plástico, "lâmpadas mágicas" e as distribuiu para a criança. Artefato feito com lâmpada de plástico tendo dentro lantejoulas.

Desde 2005, Zulma é efetiva na rede municipal de ensino de Florianópolis. E desde aquele sempre trabalhou no Neim Nagib Jabour. Antes, foi substituta, atuando no Neim Orlandina Cordeiro e em unidades educativas do Governo do Estado.

Quando está com as crianças não há tempo ruim, relata. "Se estou com elas, não tenho tempo para ficar triste". A relação delas com os pequenos é de muita entrega. "Sinto-me gratificada quando entro na sala de atendimento e interajo com as crianças. A troca de energia é muito legal".

Para o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, Dadá Maravilha é um belo exemplo de dedicação. "Ela é uma profissional que vai além do tradicional, que busca aperfeiçoar constantemente o cuidar e o educar das crianças".

Com expediente no período da manhã no Neim, Zulma trabalha com as professoras da turma Júlia Winkler e Jana Inês Ribeiro e com a professora de educação especial, Marisa da Silva Galvão.

Ela recebeu o nome da mãe e o amor pelo magistério veio de casa. Dona Zulma era professora dos anos iniciais em uma escola isolada em Alto Garcia, localidade do município de Angela, na região metropolitana de Florianópolis. A filha, inclusive, foi aluna da mãe. Além de professora, dona Zulma, cuidava do preparo da alimentação escolar dos estudantes. "A paixão de minha mãe pela educação me fascinou. Por isso, resolvi seguir esse caminho. E não me arrependo".

A filha da auxiliar de sala do Neim Nagib Jabor também atua na mesma função na rede municipal de Florianópolis. Thayse Schmitz Barbosa é efetiva no Neim Poeta João da Cruz e Sousa.