São José participa da Semana Nacional de Compostagem

Que tal aprender sobre compostagem? Reciclar as sobras alimentares e reduzir 50% o que é enviado para o aterro sanitário? Quando o resíduo orgânico é decomposto, ele se torna adubo e pode ser devolvido para a terra, com os nutrientes que ela forneceu. Restos de comida, cascas de frutas, verduras, legumes, borra de café, ervas, grãos, entre outros biodegradáveis tornam-se um composto, que pode ser usado como adubo para hortas, jardins, vasos de plantas e enriquecimento de solos.

Para que essa boa prática chegue aos estudantes da rede municipal de ensino de São José, a Secretaria Municipal de Educação participa da Semana da Compostagem Brasil, realizada de 1º a 7 de maio. Durante a semana, o setor de Educação Ambiental da Secretaria realizou oficinas ensinando o Método Lages de Compostagem para os educadores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

As oficinas integram a Formação Continuada para os profissionais de educação da rede. "O objetivo maior desta formação é oferecer uma ferramenta para proporcionar conhecimento às crianças e aos estudantes da rede municipal e consequentemente sensibilizar sobre a necessidade de separar os resíduos sólidos que geramos. Assim podemos compostar os orgânicos, destinar corretamente os recicláveis para as cooperativas ou catadores, e enviar para o aterro sanitário somente os rejeitos. Almejar a melhoria na qualidade de toda e qualquer forma de vida, isto é sustentabilidade", argumentou a assessora pedagógica Ana Paula Dores Ramos.

O Método Lages de Compostagem vem ganhando destaque mundial pela sua simplicidade, conta a também assessora pedagógica da Educação Ambiental, Yasmin Nascimento. A metodologia está sendo gradualmente implantada nas unidades educacionais de São José em conjunto com a horta. "Essa técnica é muito prática e eficiente. A orientação é separar cascas e talos de folhas e frutas. Depois é só encobrir com serragem ou podas secas e trituradas do jardim. Assim não dá cheiro e acelera o processo de decomposição. Montado o canteiro, que pode ser feito até com pneu descartado, é recomendado fazer furos nesse material uma vez ao dia para facilitar a entrada de oxigênio. Em cerca de 15, 20 dias, esse material deve se transformar em uma terra fértil para receber hortaliças ou flores", resumiu.

Formação Continuada no Ensino Fundamental e EJA

Além da Educação Ambiental, a Formação Continuada do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) elenca diversas temáticas conforme a área de conhecimento dos profissionais, entre eles: a utilização da chromebook, Dificuldade de Aprendizagem, ATOS – robótica, Fluir da Emoções, Educação da Relações Étnico Raciais (ERER) e o Programa Enfrentamento e Manejo das Violências Infantojuvenis (Emfrente) com a presença do Conselho Tutelar para orientações e encaminhamentos.

Formação Continuada na Educação Infantil

Na Educação Infantil, a Formação Continuada contempla: Criança Não Namora Nem Brincando: Combate à Erotização Precoce e Violência Sexual contra Crianças, conduzido pelo Programa Emfrente; Bonecando com contos: o encantamento das interações; oficinas criativas; Inclusão da criança surda na Educação Infantil; o desenvolvimento da linguagem; e competências emocionais.

Ao final do ano, a Formação Continuada para os educadores totaliza 40 h. A secretária municipal de Educação, Ana Cristina Hoffmann, fala da importância de preparar e capacitar os profissionais da educação. "Aliar o conhecimento e a prática nos permite pensar em um mundo melhor para as nossas crianças e adolescentes. A compostagem é um exemplo de como podemos contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável. Essa ferramenta pedagógica merece ser compartilhada com toda a comunidade escolar para mostrar como o ciclo da matéria orgânica se fecha, contribui para nutrir o solo e assim melhorar a nossa qualidade de vida e a das próximas gerações", avaliou.