Com a ocorrĂȘncia de casos de coqueluche no país e o inverno intenso em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta para a importância da vacinação contra a doença. A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. É altamente transmissível, jĂĄ que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.
Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, se não tratar a tosse pode aumentar consideravelmente. "A tosse se prolonga, chegando ao ponto da pessoa tossir intensamente e depois precisa inspirar profundamente, conhecida popularmente como tosse guincho", explica a enfermeira da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), Gisele Barreto.
Por ser uma doença respiratória, a sua transmissão se dĂĄ principalmente pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada. "Em casos mais raros, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes", finaliza a enfermeira.
A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os seis meses de idade, e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do CalendĂĄrio Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e estĂĄ disponível nos postos de saúde pelo estado.
"Esta vacina é feita também na gestante, porque o bebĂȘ vacinado só alcança a proteção efetiva após concluir o esquema primĂĄrio com a vacina pentavalente, aos 6 meses. Então, a vacinação da gestante tem o objetivo de proteger a criança até um ano. Precisamos avançar na vacinação de todas as pessoas com indicação da vacina, considerando que muitos países vĂȘm registrando aumento de casos em 2024, e a vacinação continua sendo a melhor estratégia para combater a doença", alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.
VACINAS | PÚBLICO ALVO |
Vacina pentavalente: Imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B | Crianças:1ÂȘ dose (2 meses) 2ÂȘ dose (4 meses) 3ÂȘ dose (6 meses) |
Vacina DTP: Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis) | Reforço(15 meses)Reforço (4 anos) |
Vacina dTpa: Previne a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis) | Gestantes (Gestantes em cada nova gravidez)Profissionais de saúde (A cada 10 anos) |
Cobertura Vacinal
Mesmo com o resgate das coberturas vacinais do CalendĂĄrio BĂĄsico de Vacinação no Estado, a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, estĂĄ em 86,36% de cobertura acumulada até maio de 2024 em Santa Catarina. No ano de 2023, a cobertura vacinal chegou a 90,87%. A meta anual é de 95% de imunização.
O Ministério da Saúde (MS) publicou em 03 de junho uma nota técnica com alerta sobre a ocorrĂȘncia da coqueluche no país e a importância da vacinação contra a doença. Confira a nota aqui.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. Na suspeita da doença, procure um serviço de saúde mais próximo de sua residĂȘncia.