O secretário de estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, prestou contas da Secretaria de Estado da Saúde (SES) referente aos dois primeiros quadrimestres de 2024 à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa nesta última quarta-feira, 11. Além dos investimentos, o gestor destacou o aumento das cirurgias eletivas, a abertura de mais leitos de UTI e fez um alerta sobre a dengue.
As cirurgias eletivas continuam em evolução, os procedimentos com internação devem chegar até o fim do ano em 160 mil somente neste ano, superando os 125 mil realizados em 2023. Com destaque para julho, que foi o mês em que mais se fez cirurgias eletivas desde o início da gestão, foram 15.766 procedimentos. No total foram, realizados 223.516 mil procedimentos (com internação) até agosto e mais 127.213 mil cirurgias oftalmológicas (até junho).
"Estamos focando no avanço da realização das cirurgias eletivas. Nós aumentamos em 60% em relação a 2022. Temos números que são destaques no país, mas continuamos trabalhando no sentido de diminuir o tempo de espera, independentemente do número de pessoas que aguardam, o que importa é em quanto tempo que ela vai ser atendida. Além disso, apresentamos também o reforço do Programa de Valorização dos Hospitais com 150 hospitais participando", afirma Diogo.
Sobre os leitos de UTI, Santa Catarina é o estado que mais incorporou leitos no SUS no país. Atualmente, a SES conta com 1,4 mil leitos ativos, sendo que desde 2023, foram abertos 230 e outros 50 estão em fase de implantação.
Até agosto, o estado investiu 14,04% de seu orçamento na saúde, sendo que a obrigação constitucional é de 12 % da arrecadação. O estado conta com 198 hospitais atendendo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e esse número deve chegar a 200 até o fim do ano.
O secretário também ressaltou a sua preocupação com a dengue. A estimativa é que uma nova onda da doença atinja Santa Catarina ainda este ano. "Estamos desenvolvendo várias ações de conscientização e dialogando com os municípios, mas iremos reforçar agora uma campanha nas mídias para pedir a população para que nos ajude, já que de 70% e 80% dos focos estão dentro das casas. Então o poder público vai até um ponto, em ações como nós estamos fazendo com o Detran, limpando pátios, mas precisamos da colaboração da população", completa.
A cobertura vacinal contra a dengue segue baixa no estado. Com a primeira dose, foram imunizados 30% do público-alvo. Com a segunda dose, esse índice é de 9%. Até agosto, foram 335 mortes por causa da doença.
Outro fator de preocupação do secretário é a judicialização para o acesso a medicamentos. Até o agosto, o Estado já havia empenhado R$ 500 milhões por causa de ações judiciais. Esse montante deve chegar a R$ 710 mi até o fim do ano, superando em R$ 200 milhões o que foi gasto no ano passado.
A apresentação do relatório sobre o orçamento da saúde pública estadual ao Parlamento catarinense é uma exigência da legislação.