ALESC 10-05 08-06

Frente Parlamentar da Câmara de Vereadores de Florianópolis em Combate às Pichações

Por Administrador em 07/11/2022 às 23:57:55
Foto/Divulgação/CMF

Foto/Divulgação/CMF

Com o objetivo de criar ações e políticas públicas voltadas a coibir o crescente número de pichações em Florianópolis, a Frente Parlamentar de Combate à Pichação realizou na última sexta-feira, 04, na Câmara Municipal de Florianópolis a primeira reunião.

O vereador Marcos Leandro da Silva, Marquinhos (PSC), presidente da Frente Parlamentar vem a anos tentando combater essas ações na cidade e diz que além de causarem uma poluição visual, essas práticas trazem prejuízos financeiros ao patrimônio público e privado. "O centro de Florianópolis vem sendo alvo constantes pichações, danificando, poluindo e destruindo a beleza da arquitetura açoriana presente em antigos casarões que hoje abrigam lojas e restaurantes que fazem parte do patrimônio histórico da nossa cidade", enfatizou o vereador.

Além de causarem poluição visual devendo ser coibidas, essas ações são criminosas e segundo o Tenente Coronel Dhiogo Cidral, Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina nos últimos dois anos foram realizadas 62 detenções de pessoas envolvidas nesse tipo de crime e que foram levadas à justiça para responderem por esses fatos. Além de que é preciso diferenciar o que é arte e o que é pichação.

"Nós precisamos diferenciar, a arte é sempre bem vinda e ela colabora com a dinâmica do espaço público. Entretanto, as pichações elas vem justamente nessa contramão, depredam o patrimônio e aquela arte arquitetônica que já existe na nossa cidade fica suja, fica prejudicada. E a Polícia Militar já faz essa fiscalização. Agora esperamos que através da Câmara possamos endurecer a lei, talvez para obrigar até essas pessoas em caráter pedagógico a limpar a sujeira que fazem e garantido a cidade linda e limpa e atrativa para todos", destacou o Comandante do 4º BPM/SC.

Representando o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Florianópolis, o superintendente Carlos Alvarenga disse que o órgão vem realizando diálogo com a sociedade e incentivado a arte pública. "Não temos a competência fiscalizatória, mas temos esse diálogo com a sociedade, ouvir a sociedade e pensar juntos em uma inclusão dessas pessoas, principalmente da cultura hip hop, pessoal que faz o piche para tirarmos esse aspecto de criminalidade, transformando o piche em arte pública para a cidade, acho esse movimento essencial, renovando o planejamento urbano da cidade", destaca.

O promotor de Justiça, Daniel Paladino destacou que a questão é tão importante e que está muito em voga ultimamente na nossa sociedade. "Trazer esse debate para dentro da Câmara é essencial. Enfatizo que o Ministério Público sempre vai apoiar esse tipo de discussão que toca diretamente a todos nós. Quando se fala de dano ao patrimônio público fala de dano aos nossos patrimônios culturais, arquitetônico e artístico. Isso realmente merece uma discussão bastante aprofundada e ações realmente efetivas", finalizou o promotor.

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