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Centro Histórico será palco da "Paixão de Cristo"

Pelo segundo ano, a Secretaria de Cultura e Turismo apresenta o espetáculo da maior história de amor contada por São José

Por Administrador em 03/04/2023 às 19:39:01
Foto/Divulgação

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O Centro Histórico de São José será palco nesta quarta, quinta e sexta-feira (5, 6 e 7 de abril), às 20h30, do espetáculo "Paixão de Cristo – A maior história de amor contada por São José". O espetáculo é gratuito e promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Para maior interação com o público que vai assistir, a encenação ocorre em torno da Praça Hercílio Luz. O elenco da peça conta com mais de 40 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos que são alunos das oficinas do Theatro Adolpho Mello e também convidados especiais para contar a história bíblica.

A cada cena, o amor e a confiança são reforçados. É nesse clima de compaixão e união que a arte se revela para o público. "A arte só tem sentido se tiver o humano. Então, quando você vai interpretar esse personagem (Jesus), tem que se defrontar com teu lado humano, que tem que estar alinhado com o técnico, ressalta o ator Éricles Becker, que interpreta Jesus na peça.

Dando vida ao personagem principal do espetáculo, Jesus Cristo, Éricles Becker, 26 anos, retoma o desafio de encantar o público pela história da Páscoa, que é a crucificação, morte e ressurreição do filho de Deus. "Quando fico longe do teatro eu adoeço. É algo muito sagrado para mim. O teatro é essa conexão com o sagrado", revela Éricles, com os olhos brilhando de emoção.

Para o ator, o papel é o que mais o compromete intimamente, pois une o profissional com o pessoal. "interpretar outros personagens é tranquilo, é fácil. Por mais difícil que possa ser o projeto, o desafio, não envolve uma parte espiritual, porque falar de Jesus é uma parte que me pega bastante", revela Éricles.

Além de dar vida a Jesus Cristo, Éricles hoje interpreta o Gato Lunático (Gato Galáctico), e já deu vida a um personagem de "Os cinco suspeitos" e a Odorico (O bem-amado). Fez a adaptação do monólogo "O mundo da lua" (João Falcão). Para dar vida aos inúmeros personagens que fez durante a vida, o ator já subiu em palcos como do teatro em Curitiba e do Hard Rock Live.


VIDA

A vida de ator de Éricles começou quando criança, enquanto apenas brincava com a arte de se expressar de maneira diferenciada. A mãe do ator o chamava de pastor mirim, motivo pelo qual sofria bullying na escola, pois queria pregar sobre Deus aos colegas. Ele lembra que o Cristianismo é muito maior que a igreja na qual esteja vinculado.

Durante os ensaios e nas apresentações no ano anterior, Éricles conversa com Deus, pedindo perdão, e faz o pedido para contribuir com as habilidades de ator para o espetáculo, que espera mais de 2 mil pessoas.

"A peça traz essa reflexão para todas as pessoas. O que estou errando? Onde não estou perdoando? É o chamado para perdoar e se tu não estiver preparado para perdoar, tudo bem também, porque Deus faz esse convite sempre e a gente não está sempre preparado para perdoar", explica Éricles sobre a mensagem central do espetáculo.

Bastante comunicativo e expressivo, esse amor pela atuação começou a ser incentivado pelo padrasto, que inscreveu o menino, aos 11 anos, nas oficinas do Theatro Adolpho Mello. É no palco do teatro mais antigo de Santa Catarina que a história artística de Éricles tomou proporção. "Fazer a experiência do teatro, no teatro, é mais forte do que qualquer outra coisa. Era um privilégio poder fazer isso", conta.

O vínculo com a Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de São José foi se estreitando. Éricles teve aulas com diversos professores como Eliane, Érica Veiga, Ângela Gonçalves e o atual secretário adjunto da área, Charles Colzani, diretor da peça. Esses são alguns dos profissionais que fazem o ator seguir a carreira até hoje. "Por mais que o tempo passe e os projetos mudem, o Theatro Adolpho Mello tem uma coisa que eu sempre quero retornar, tenho essa conexão, vejo como uma parte de mim", recorda Éricles.

DESAFIOS

A pandemia de Covid-19 marcou a vida das pessoas de diferentes maneiras. No mundo artístico, as mudanças foram tantas, só que o contato com as pessoas, tão característico do cenário artístico e culturas, se resumiu a interações virtuais. Após quatro anos, o público volta a se reunir nos teatros por todo o Brasil.

É a partir desse amor pelo teatro e por atuar que Éricles, de 17 para 18 anos, decidiu abrir uma escola de teatro no Município onde vive, Biguaçu. "Hoje vivo ensinando outras pessoas como me ensinaram". A Cinearte (companhia de teatro) existe há oito anos. Durante três anos contou com um espaço físico próprio para as aulas.

Depois, com o desenvolvimento do trabalho, escolas e a Prefeitura de Biguaçu adotaram o projeto. Foi a partir de um edital que o jovem iniciou as aulas na modalidade gratuita pelo Município vizinho. Na pandemia, houve mudanças e o ator foi substituído no projeto. Em 2023, Éricles retorna a dar aulas na região.



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