ALESC 10-05 08-06

Hacker preso por divulgação de dados foi denunciado por invasão a sistemas do Senado Federal

Silva foi preso durante a operação Deepwater, que investiga o que Ă© considerado o maior vazamento de dados jĂĄ registrado no paĂ­s. O ataque ao Senado, que ocorreu em agosto do ano passado, ocorreu após a obtenção de dados e acesso ao e-mail de um servidor pĂșblico.

Por Administrador em 19/03/2021 às 17:23:21
Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como Vandathegod, foi preso pela PolĂ­cia Federal nesta sexta (19) durante operação Deepwater. Preso pela PolĂ­cia Federal nesta sexta-feira (19) por participação na divulgação de informações sigilosas de 223 milhões de brasileiros, Marcos Roberto Correia da Silva, hacker conhecido como Vandathegod, foi denunciado em janeiro pelo Ministério PĂșblico Federal (MPF) pela invasão de sistemas do Senado Federal.

Silva foi preso durante a operação Deepwater, que investiga o que é considerado o maior vazamento de dados jĂĄ registrado no paĂ­s.

O ataque ao Senado, que ocorreu em agosto do ano passado, ocorreu após a obtenção de dados e acesso ao e-mail de um servidor pĂșblico. Segundo a denĂșncia, ao acessar os sistemas internos da casa legislativa, o hacker fez um vĂ­deo "expondo a fragilidade de segurança da rede". A gravação também foi publicada na internet.

Em janeiro, ao apresentar a denĂșncia, o MPF não informou o nome do investigado. Entretanto, nesta sexta a TV Globo confirmou que Marcos Roberto Correia da Silva foi alvo da denĂșncia.

VÍDEO: Como acontece um vazamento de dados?

A denĂșncia ainda aguarda o recebimento pela 10ÂȘ Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. A pena prevista para esse tipo de crime é de até dez anos de reclusão.

JĂĄ vazamento de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas jĂĄ mortas, foi identificado no fim de janeiro e a PolĂ­cia Federal começou a apurar o caso. A operação desta sexta cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ataque ao Senado

Segundo o MPF, os crimes ocorreram em 2020, quando o investigado, por meio da prĂĄtica de "phishing", obteve dados de um servidor do Senado Federal, o que possibilitou o acesso ao sistema de Intranet do órgão e ao correio eletrônico do servidor.

O hacker chegou a publicar na internet trechos do inquérito policial aberto para apurar os crimes cometidos em agosto.

Em outra publicação, em novembro, o investigado expôs indevidamente dados pessoais de outro servidor do Senado – o responsĂĄvel por comunicar as circunstâncias da invasão à PolĂ­cia Legislativa do órgão.

Para cometer os crimes, o suspeito obteve os dados e acessou os sistemas do órgão federal a partir do computador de um amigo, "que o tinha hospedado em sua casa, para ajudĂĄ-lo após uma prisão ocorrida em julho", informou o MPF.

Na denĂșncia, o Ministério PĂșblico Federal defende que não haja acordo de não persecução penal. Previsto na Lei Anticrime, ela permite que acusados de crimes com penas de até 4 anos de reclusão deixem de responder a processo se confessarem a prĂĄtica do delito ainda durante a fase inicial de investigação policial.

Para a promotoria, a medida não se aplica ao caso jĂĄ que o crime foi "praticado de forma reiterada".

Invasão ao TSE

Marcos Roberto Correia da Silva também foi alvo de um mandado de busca e apreensão na operação "Exploit", que prendeu em novembro de 2019 o hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ele é investigado por ter participado da invasão que expôs informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE no primeiro turno das eleições municipais de 2020.

A Justiça Eleitoral também determinou a proibição de contato entre ele e outros hackers investigados na operação Exploit.

Marcos Roberto Correia da Silva também é investigado pela PolĂ­cia Civil de Minas Gerais por invasão de dispositivo e estelionato.

Fonte: G1

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