ALESC 10-05 08-06

Monitoramento ambiental identifica presença do gato-do-mato durante obras da nova Estação de Tratamento de Esgotos de Potecas

Por Administrador em 15/02/2024 às 14:23:07
Imagens: Empresa Terra Ambiental / Plano de Gestão Ambiental da nova ETE Potecas / CASAN

Imagens: Empresa Terra Ambiental / Plano de Gestão Ambiental da nova ETE Potecas / CASAN

Em paralelo às obras da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Potecas, no município de São José, uma rica fauna selvagem tem sido registrada. Mamíferos como a capivara, considerada o maior roedor do mundo, e o cachorro do mato, têm compartilhado espaço com o tamanduá mirim e o pequeno gato-do-mato (Leopardus guttulus). Menor felino do Brasil, o Leopardus guttulus apresenta porte e proporções similares às do gato doméstico. De hábitos solitários e noturnos, em algumas áreas revela atividades diurnas e tem marcado presença nas imediações da ETE Potecas.

O acompanhamento da fauna junto às obras da Casan não se resume a uma mera observação: é parte de um estudo abrangente destinado a identificar alternativas para a recuperação de áreas não ocupadas pela nova infraestrutura. O trabalho também fornece subsídios para propostas de uso futuro nas áreas das atuais lagoas de estabilização e tratamento de esgoto, tecnologia implementada na década de 1980 e que será substituída. Ainda traz dados que podem auxiliar na recuperação do Córrego Potecas.

"Estamos conduzindo uma busca ativa, percorrendo e analisando a fauna local, além de utilizar métodos visuais, como câmeras de armadilhagem e de visão noturna. Adicionalmente, empregamos a metodologia de cama de areia para registro de pegadas animais, seu mapeamento, identificação e catalogação", explica a bióloga Pâmela Saviato, da empresa Terra Ambiental, que atua à serviço da Casan.

A nova ETE Potecas vai substituir a unidade construída na década de 80 com tecnologia de lagoas de estabilização. A nova infraestrutura vai tratar o esgoto em sistema de lodos ativados por aeração prolongada, com controle de odor e remoção complementar de fósforo, o que vai garantir maior qualidade do efluente final.

O investimento previsto é de R$ 270 milhões, para atendimento de uma população de 328.494 habitantes na primeira etapa, podendo chegar a 437.992 com ampliação das redes de coleta. Moradores da parte continental de Florianópolis e de São José serão beneficiados.


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