Investigações contaram com uma coalizão de procuradores-gerais de 46 estados do país. Segundo a comissão de comércio, compras do WhatsApp e do Instagram foram "estratégias para eliminar ameaças". Sede do Facebook, na Califórnia
Thiago Lavado/G1
A comissão federal de comércio dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (9) que entrou com um processo contra o Facebook por monopólio.
O órgão alega que a empresa está mantendo ilegalmente seu domínio nas redes sociais por meio de uma conduta anticompetitiva praticada há muitos anos.
As investigações contaram com uma coalizão de procuradores-gerais de 46 estados do país, além de o Distrito de Columbia e Guam.
Do que o Facebook é acusado
Praticar uma "estratégia sistemática" para eliminar "ameaças ao seu monopólio"
Isso envolveu as compras dos concorrentes Instagram, em 2012, e do WhatsApp, em 2014
E a imposição de condições anticompetitivas a desenvolvedores de softwares, restringindo o acesso às APIs (conjunto de funções para interagir com a rede social) para que eles não lançassem funções que competissem com a empresa.
"Esse tipo de conduta prejudica a concorrência, deixa os consumidores com poucas opções de rede social pessoal e priva os anunciantes dos benefícios da concorrência", disse a comissão de comércio, em comunicado.
O que pode acontecer
Entre as possíveis consequências da ação citadas pela comissão estão a venda de ativos do Facebook, incluindo Instagram e WhatsApp, e a proibição o Facebook de impor condições anticompetitivas aos desenvolvedores de software.
Outra demanda da comissão é que o Facebook seja obrigado a fazer uma espécie de aviso prévio e submeter futuras fusões e aquisições a aprovação.
Google também sofre processo nos EUA
Em outubro passado, o Google também foi alvo de processo antitruste nos Estados Unidos, sob acusação de monopólio em seu sistema de buscas.
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