A divulgada vistoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) na BR-470 não abrangeu os trechos mais problemáticos da rodovia, restringindo-se à área duplicada desde a BR-101 até Blumenau, denunciaram membros do União Brasil e do PSD na sessão de terça-feira (31) da Assembleia Legislativa.
"Cerca de duas semanas atrás veio uma comitiva do Dnit de Brasília para vistoriar a BR-470. Pousaram em Navegantes e essa comitiva não chegou a trafegar até Blumenau, andou entre os lotes 1 e 2 da duplicação. Devem ter saído com a impressão de que a 470 está toda duplicada", ironizou Ricardo Alba (União).
O deputado questionou por que os vistoriadores de Brasília não foram até a ponte de Ibirama, tomada de rachaduras, ou até a ponte sobre o rio das Pombas, em Pouso Redondo, que está interditada.
"Ficaram só no bem bom, devem ter falado para o ministro, "a 470 está sendo duplicada, está uma maravilha". Uma ova", desafiou Alba.
Ismael dos Santos (PSD) e Maurício Eskudlark (PL) concordaram com o colega.
"Nos causa horror saber que veio uma comitiva do Dnit para percorrer 50 quilômetros da 470", discursou Ismael, que contou aos colegas que passou pela Serra da Santa durante a noite e constatou vários carros trocando pneus sob a neblina intensa.
"A questão das BRs é preocupante, as fotos que mostrou são preocupantes, do jeito que está, fica difícil para Santa Catarina. Acredito que o Ministério da Infraestrutura e o Dnit têm de adotar providências urgentes", pontuou Eskudlark.
Já os deputados Neodi Saretta (PT), Fabiano da Luz (PT) e Valdir Cobalchini (MDB) criticaram a gestão das rodovias federais e estaduais.
"Lamentável o trecho entre Irani e Ponte Serrada na BR-282", citou Saretta, que destacou o estado lamentável da rodovia que liga a BR-282 a Jaborá, assim como a estrada que liga Concórdia a Chapecó.
"A situação das rodovias federais e estaduais chamam a atenção pelo estado em que ficaram depois da chuvarada, o que tinha de buraco para abrir, está abrindo", alertou Fabiano, que cobrou uma operação tapa-buracos e a revitalização das estradas.
"Alguns trechos estão praticamente intransitáveis, como na BR-282 do trevo do Irani até Ponte Serrada, mas também temos a BR 153 e a BR-470. Não dá para continuar assistindo de braços cruzados e não adianta fazer um tapa-buracos", ponderou Cobalchini.