O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, foi neste sábado, 4, ao município de Quilombo, no Oeste catarinense, após às fortes chuvas que atingiram a cidade neste feriado. A cidade teve ocorrências com enchentes após registrar 126 mm de chuva em menos de 24h, levando também a um risco muito alto de deslizamentos.
"O estado como um todo foi muito afetado. Quando você apenas lembra que a barragem de José Boiteux verteu, ela que nunca tinha vertido na sua história, então foi uma enchente grande e que trouxe muitos prejuízos. Agora no Oeste, principalmente, foram deslizamentos. Estou aqui para conversar com o prefeito e vou conversar com outros da região. Vamos ver no que precisa de ajuda e o Estado vai ajudar", disse o governador, que se deslocou para o local logo após participar do evento Marcha para Jesus em Florianópolis.
Apesar dos estragos, o município de Quilombo não precisou abrir abrigos. Agora a prefeitura contabilizará os danos registrados ao patrimônio público para elaborar os projetos de reconstrução.
"A presença do governador é aquele estímulo que queremos passar para a sociedade como um todo, de que é momento de juntar forças para sairmos desse episódio muito mais fortes", disse o prefeito da cidade, Silvano de Pariz.
Por conta das chuvas registradas em outubro – e agora também nos primeiros dias de novembro -, o Governo de Santa Catarina lançou um pacote com 18 ações de apoio para ajudar as famílias a reconstruirem seus lares e empreendedores a retomarem seus negócios o mais rápido possível. Os prejuízos com o excesso de chuva foram significativos no setor privado.
"A nossa secretaria de agricultura está fazendo um levantamento em todo o estado e, para o setor, o prejuízo já passa de R$ 2 bilhões. Por isso estamos desenvolvendo programas de apoio para os produtores rurais. Eu sempre digo. Santa Catarina é o último estado que entra em uma crise e o primeiro a sair sempre, pela qualidade das pessoas que moram aqui", disse Jorginho Mello.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Grupo de Ações Coordenadas, órgão que integra todo governo estadual na resposta às chuvas, 161 municípios registraram ocorrências, dos quais 149 decretaram situação de emergência e quatro deles atingiram estado de calamidade pública por conta dos estragos. O número representa mais de 50% dos 295 municípios com prejuízos significativos causados pelas cheias.
"Quero fazer junto com a Fecam um grande mutirão de limpeza de córregos, de bueiros, de dragagens. Vamos fazer um grande programa: o Proteção Levada a Sério. Proteger primeiro", disse o governador, lembrando da importância do esforço de prevenção para proteger as pessoas.